Testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C têm se tornado ferramentas valiosas no campo da saúde sexual. Embora não sejam a solução definitiva, desempenham um papel crucial na detecção precoce e na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). É essencial compreender a importância desses testes e compartilhar essa informação para uma saúde mais consciente e protegida.
A mudança de nomenclatura das antigas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) reflete uma compreensão mais abrangente da natureza dessas infecções. Muitas ISTs podem estar presentes no corpo sem apresentar sintomas visíveis, como corrimento, úlceras ou verrugas. Sífilis latente, gonorreia em regiões pouco acessíveis, clamídia, lesões iniciais de HPV e herpes são apenas alguns exemplos. O HIV também pode se manifestar de maneira silenciosa, o que não significa que não causem danos ou que não possam ser transmitidas. É comum que pessoas descubram essas infecções em estágios avançados ou após já terem passado para seus parceiros sexuais.
Independentemente da orientação sexual ou do número de parceiros, o rastreio de ISTs é uma prática essencial para qualquer pessoa sexualmente ativa. Instituições como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomendam um rastreio regular para clamídia e gonorreia, especialmente em homens que fazem sexo com homens, mulheres jovens e aqueles com mudanças recentes de parceiros. O rastreio é fundamental para identificar infecções assintomáticas e iniciar tratamento adequado, interrompendo a cadeia de transmissão e reduzindo o impacto dessas epidemias reemergentes, incluindo o HIV.
Os testes de ISTs podem ser realizados por meio de diversos métodos, como exames de urina, raspados e swabs. A abordagem varia de acordo com o gênero da pessoa e as práticas sexuais envolvidas. O processo inclui a coleta de amostras em diferentes áreas do corpo, permitindo a identificação de infecções em estágios iniciais ou mesmo antes do aparecimento de sintomas.
É fundamental conversar com um infectologista, realizar exames regularmente e manter o cartão de vacina atualizado. Somente por meio do diagnóstico e tratamento de ISTs assintomáticas podemos conter sua disseminação e controlar essas infecções, inclusive o HIV. Embora os exames padrão-ouro que utilizam a técnica NAAT/PCR ainda não sejam amplamente disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental pressionar por sua democratização. Centros de referência em ISTs e Serviços de Assistência Especializada (SAEs) podem oferecer essa alternativa em algumas localidades.
Compartilhe essa informação e contribua para uma saúde sexual mais consciente e protegida. Juntos, podemos promover a democratização do acesso aos exames e melhorar a prevenção de ISTs. Sua participação é fundamental nessa luta pela saúde de todos.