Você tomaria um comprimido ao dia para diminuir em 99% as chances de ser infectado pelo vírus HIV? Tentador, não é? Esta é a proposta da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição).
Inicialmente criada para um público específico (HSH: homens que fazem sexo com homens) como casais sorodiscordantes (parceiros HIV positivo e negativo), profissionais do sexo e indivíduos que foram diagnosticados com uma DST nos últimos 6 meses, a PrEP se estabelece como mais uma medida importante para o controle da epidemia de HIV/AIDS.
Sua composição engloba dois já velhos conhecidos no tratamento do HIV, o tenofovir e a emtricitabina (molécula relacionada à lamivudina), que são geralmente muito bem tolerados e seguros. Há diversos estudos em andamento no mundo, inclusive no Brasil, sobre a validade e a segurança da PrEP e os resultados são promissores.
O estudo iperGay, realizado na França e Canadá, divulgou recentemente a possibilidade de se utilizar a PrEP em regime de demanda (2h antes da exposição e três dias depois), diminuindo o gasto na compra da medicação (já que deverá ser comprada e não será distribuída pelo governo) e facilitando a adesão.
O medo da seleção de vírus resistentes, embora real, parece menos importante diante dos resultados em questão de controle da epidemia. Importante lembrar que a medicação não protege contra sífilis, gonorreia, HPV e outras DST's, tendo um papel mais adjuvante e não vai substituir o preservativo.
Na dúvida consulte seu infectologista e veja se há real benefício de utilizar PrEP de acordo com seu estilo de vida. Muita gente utiliza preservativo durante o sexo anal mas não durante sexo o oral e fica bastante “encanada” com isso, portanto cada caso merece ser olhado individualmente, atentando paras inseguranças e anseios de cada pessoa.
Nem todos curtem bareback (sexo anal desprotegido), nem todos são #truvadawhore, mas todos se expõem em maior ou menor grau, portanto a informação é o que faz a diferença e possibilita as melhores escolhas.
O assunto é interessante e complexo, portanto será abordado mais profundamente em outros tópicos.
Como faço pra adquirir esse medicamento ?
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3 perguntas tem que ser respondidas quanto ao uso de truvada:
1) Esta proteção acontecerá, mesmo após anos de uso?
2) Quais são os efeitos colaterais a curto, médio e longo prazo?
3) Qual a incidência do nro de casos de DST? Já que a truvada é uma prerrogativa para o não uso de preservativos.